segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ana Branco e o Biochip

        
A Professora do departamento de Design da Puc-rio Ana Branco leciona o curso Biochip todo semestre oferecido para alunos da Puc e para a comunidade.
Nesse curso, encontramos diversos pontos em comuns com as práticas pedagógicas até então aqui discutidas. Não há livros ou textos obrigatórios para ler, não há matéria escrita para ser estudada, o horário, por estar na Puc segue o padrão de duas horas, no entanto mesmo isso é por vezes alterado de acordo com a necessidade da aula, durante mais ou menos, usar o termo “aula” talvez nem faça sentido para descrever tal atividade, trata-se mais de uma vivência.
As provas não são feitas na sala , não há perguntas e não há necessidade de escrever sobre um tema específico, apenas agradecer aos materiais apresentados o que eles geraram dentro de seu ser, ou seja o que você aprendeu com eles, em outras palavras, o que você sozinho aprendeu diretamente do material, e não do professor ou da matéria, o professor serviu apenas de um guia, um facilitador que mostra o caminho, termo que inclusive tem sido ironicamente adotado por diversas pedagogias modernas para tirar o peso da autoridade antiga no professor, e no entanto o que se observa na prática são a repetição dos mesmos padrões e não um caso de um autêntico guia tal como observamos coma  professora Ana Branco.

A autonomia do aluno é fortemente estimulada nos níveis mais profundos para despertar a criatividade original do ser humano. Embora não haja textos obrigatórios há uma extensa bibliografia e uma infinidade de materiais vivos para se trabalhar na aula, desde os mais variados alimentos, até aos grãos de areia ou cordas de sisal. O aprendizado extraído desse rico material estimula diversos alunos a buscar mais e mais informações e se autoeducar, coincidindo dessa maneira, com a pedagogia aconselhada por Huberto Rohden e Felix Pacheco.

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