A Professora
do departamento de Design da Puc-rio Ana Branco leciona o curso Biochip todo
semestre oferecido para alunos da Puc e para a comunidade.
Nesse curso,
encontramos diversos pontos em comuns com as práticas pedagógicas até então
aqui discutidas. Não há livros ou textos obrigatórios para ler, não há matéria
escrita para ser estudada, o horário, por estar na Puc segue o padrão de duas
horas, no entanto mesmo isso é por vezes alterado de acordo com a necessidade
da aula, durante mais ou menos, usar o termo “aula” talvez nem faça sentido
para descrever tal atividade, trata-se mais de uma vivência.
As provas não
são feitas na sala , não há perguntas e não há necessidade de escrever sobre um
tema específico, apenas agradecer aos materiais apresentados o que eles geraram
dentro de seu ser, ou seja o que você aprendeu com eles, em outras palavras, o
que você sozinho aprendeu diretamente do material, e não do professor ou da
matéria, o professor serviu apenas de um guia, um facilitador que mostra o
caminho, termo que inclusive tem sido ironicamente adotado por diversas
pedagogias modernas para tirar o peso da autoridade antiga no professor, e no
entanto o que se observa na prática são a repetição dos mesmos padrões e não um
caso de um autêntico guia tal como observamos coma professora Ana Branco.
A autonomia do
aluno é fortemente estimulada nos níveis mais profundos para despertar a
criatividade original do ser humano. Embora não haja textos obrigatórios há uma
extensa bibliografia e uma infinidade de materiais vivos para se trabalhar na
aula, desde os mais variados alimentos, até aos grãos de areia ou cordas de
sisal. O aprendizado extraído desse rico material estimula diversos alunos a
buscar mais e mais informações e se autoeducar, coincidindo dessa maneira, com
a pedagogia aconselhada por Huberto Rohden e Felix Pacheco.
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