Fico me perguntando quem teve essa ideia. Alguém um dia parou e pensou: “Crianças! Já sei! Vamos pegá-las e colocá-las enfileiradas e sentadas por umas 6 horas diárias enquanto elas escutam alguém repetir o que está escrito em livros que elas poderiam ler sozinhas”.
Se pensarmos que cada aluno é um ser individual com suas próprias características, não é difícil perceber que cada um aprende de uma maneira e em um determinado tempo. Portanto, uma aula em que 30 ou mais alunos precisam aprender as mesmas coisas, do mesmo jeito e no mesmo tempo, é um método não muito eficiente. Isso é comprovado pela falta de Instrução do nosso país, onde a maioria das escolas segue o método da aula.
Mas, além da Instrução, há a questão da Educação. Como uma aula – de 30 ou mais alunos que ouvem o professor falar por horas aquilo que está nos livros que poderiam ler – pode ser Educação?
Para respondermos essa pergunta, podemos pensar nos conceitos de “Alo-educação” e “Auto-educação”.
"[A Educação] É iminentemente individual. Não pode ser uma atividade social. Ela se reflete na sociedade, mas está radicada no indivíduo. Só existe auto-educação; não existe alo-educação (educação de fora para dentro). Ou o homem se educa ou não se educa. Outros não podem educar-me, só podem mostrar-me o caminho pelo o qual eu possa me educar. – Huberto Rohden"
Se voltarmos para a questão da aula expositiva, onde 30 ou mais alunos ouvem alguém repetir o que está nos livros que poderiam ler sozinhos, percebemos que esse método gira em torno do conhecimento de fora sendo passado para o aluno, o que sabemos não ser auto-educação por depender de outrem, não sendo então um movimento de esculpir.
A Educação se dá por nós mesmos e, para que sejamos Educadores, precisamos nos auto-educar. Somente dessa maneira poderemos ajudar os educandos a encontrarem seus próprios caminhos.
Texto retirado do Blog do GEAMA: http://blog.geama.com.br/blog/blogs/blog_educacao/alo-ou-auto-educacao/
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